A câmara de Paris planeia banir
os veículos a gasóleo na cidade nos próximos 4 anos. Sabe-se hoje que
se trata de veículos muito mais poluentes e que as substâncias libertadas pela
combustão do gasóleo causam cancro (ver aqui),
tendo a Organização Mundial de Saúde inscrito essas substâncias no grupo das
substâncias comprovadamente cancerígenas (Londres também planeia restringir o
acesso de veículos a gasóleo à cidade, impondo uma taxa de quase 30 euros
por cada entrada na cidade).
Esta medida insere-se num plano
mais vasto. A autarquia parisiense quer acabar com o domínio do carro
particular na cidade e devolver aos peões espaço público citadino que o
automóvel foi ocupando. Paris planeia, por exemplo, reduzir
os lugares de estacionamento automóvel ao ritmo de
55 000 lugares por ano,
bem como realizar um grande investimento na melhoria da rede de transportes
públicos e na melhoria das condições de circulação de peões e de bicicletas.
Depois do sucesso do encerramento
de parte de uma via rápida que atravessava a cidade, Paris planeia agora
encerrar a outra metade da mesma via rápida, entregando o respetivo espaço aos peões, a partir de Setembro.
Imagem de como ficará o espaço da via rápida a encerrar este ano.
Paris experimentou, há pouco
mais de três meses, o primeiro dia sem carros na cidade. Com a oposição da
polícia, que não autorizou que a medida se estendesse a toda a cidade, um terço
da cidade ficou, durante um dia, livre da circulação de carros. A experiência foi um sucesso
e a diminuição registada nos níveis de poluição atmosférica em vários locais da
cidade foi notável.
Dia sem carros em Paris, Setembro de 2015.
Já são menos de metade os
parisienses que possuem carro.
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