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Foi hoje publicado em Diário da
República o diploma que procede àquela que é, provavelmente, a fusão pública mais disparatada das últimas décadas: a
fusão entre a Estradas de Portugal e a REFER.
A publicação deste diploma é
ainda apenas um passo intermédio de um processo de fusão dantesco e interminável,
que tem consumido recursos humanos e financeiros ao longo de muitos meses (há 6
meses, o então Presidente da REFER chegou mesmo a queixar-se publicamente dos
problemas causados ao funcionamento da empresa – e no dia seguinte foi “transferido”
pelo Governo para outra empresa pública), tudo com vista à criação de uma
gigantesca empresa que será um monstro muito difícil de gerir.
P.S. - Para se ter uma ideia da duração absurda deste processo de fusão: nos termos do diploma agora publicado, a nova empresa é declarada em situação de reestruturação até 31 de dezembro de 2017.
P.S. II - A empresa gestora da rede ferroviária nacional, que sempre esteve sedeada numa estação ferroviária, passa a ter a sua sede na praça de portagens de uma autoestrada. Eis um bom símbolo do que esta fusão vai representar para a ferrovia portuguesa.
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