31.7.13

A legitimação da fraude, mais uma vez

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A renovação extraordinária de contratos a prazo, que se avizinha mais uma vez, não faz o mais pequeno sentido, atentos os motivos que estão na base da celebração de um contrato a termo certo: é pura proteção da fraude / promoção do trabalho precário. O "brilhante" argumento do Ministro do Emprego, Pedro Mota Soares, de que mais vale isto do que uma situação de desemprego

(argumento que, na prática, nem faz sentido no caso dos contratos a termo)

pode servir para tudo: pode servir para aumentar o horário de trabalho em 4 ou 5 horas por dia (mais vale trabalhar 12 horas por dia do que o desemprego), pode servir para cortar em 50% o ordenado mensal (mais vale receber 50% do que estar desempregado e não receber nada), pode servir para acabar com o descanso ao sábado e domingo (mais vale ter trabalho sem dias de descanso do que o desemprego), pode servir para acabar com o direito às férias (mais vale trabalhar sem direito a férias do que estar no desemprego), e assim por diante. É, de facto, um argumento fantástico. Podemos continuar a esperar o pior.
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