Foram aprovados novos cortes na Grécia. Cortes no setor da
saúde; cortes na educação; corte de 22% no salário mínimo nacional; cortes nos salários
dos funcionários públicos; cortes nas pensões de reforma e nas prestações
sociais; despedimento de mais 15 mil funcionários públicos, depois de serem
colocados durante um ano numa “reserva de trabalho” a ganhar 60% do ordenado
atual; etc.
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Em 2013, a Grécia atingirá o sexto ano consecutivo de
recessão. Prevê-se uma queda no PIB de 4,5%. A taxa de desemprego sobe todos os meses
desde há vários anos e atingiu 25,4% (novo recorde) em Agosto, sendo de 58% (!)
a taxa de desemprego nos jovens (mais do dobro de 2009). De acordo com as novas
previsões, a redução do défice em 2013 será quase insignificante: de 6% para
5,2%. A dívida pública subirá dos atuais 175% para 190% do PIB. Todas as
previsões continuam, porém, a falhar, devido a uma recessão económica sempre “pior do
que a prevista”, provocada pelas anteriores medidas de austeridade. No início
de 2012, previa-se que em 2020 a dívida pública grega viesse a ser de 120%; dez meses depois, a
nova previsão aponta para 150% (repete-se, para 2020: daqui a oito anos!). A
União Europeia vai agora conceder mais dois anos à Grécia para o cumprimento do
seu programa de “reajustamento” (como lhe chamam).
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Como é sabido, quando olhamos para uma estrela distante no
espaço, estamos a ver um passado longínquo. É
possível que, ao olharmos para a Grécia de hoje,
estejamos a ver, em maior ou menor medida, o nosso futuro próximo.
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