A menos de um ano do fim do presente “programa de ajustamento”, já temos o próximo à vista. Chamam-lhe “linha de crédito” em vez de “resgate”, mas a ideia é a mesma: empréstimo com austeridade. Por muito que nos tentem enganar com a expressão “resgate brando”, estamos sempre a falar de novas medidas de austeridade, a acrescer àquelas que já existem e às que estão aí a chegar.
O segundo resgate não constitui
uma surpresa. Mas estávamos mais habituados a que nos aldrabassem até ao fim,
falando-nos do “sucesso” do programa de ajustamento e do “regresso aos mercados”
em 2014.
(Palavras da atual Ministra das
Finanças, em conferência de imprensa realizada em Maio de 2013: «com o
cumprimento do programa que temos seguido até aqui, com o processo de
consolidação orçamental e com este passo decisivo de regresso aos mercados,
está confirmado que o programa terminará em junho de 2014». Segundo Maria Luís dos Swaps Albuquerque, estava afastado o cenário de um "segundo resgate": o que a distingue de Gaspar é que ainda antes de ser Ministra já falhava previsões)
(Antes, é bom que se recorde, Gaspar tinha "garantido" o regresso aos mercados em Setembro de 2013)
(Antes, é bom que se recorde, Gaspar tinha "garantido" o regresso aos mercados em Setembro de 2013)
Uma coisa é certa: já não há
quaisquer dúvidas de que o nosso “programa de ajustamento” tem sido um “sucesso”
e de que
(como ouvimos Passos Coelho propagandear
há apenas dois dias)
a retoma está aí a chegar.
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