“Eu tinha avisado, antes do referendo, que ia ser pior
depois do referendo. E assim é”.
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, hoje
de manhã (depois de anunciado um “acordo” concluído à pressa com a Grécia), em
resposta à seguinte pergunta de um jornalista: “Que diz Bruxelas à acusação de se
ter lançado um golpe contra a Grécia”? (*)
Independentemente do desfecho
(ainda imprevisível) do processo de negociação em curso (falta a aprovação
parlamentar em vários países, Grécia incluída), independentemente do que se pense
sobre a atuação do governo grego nesse processo, do que se passou até aqui ficou
bem claro que, da parte das instituições europeias e dos governos dos outros 18 países
da Zona Euro (esta “gente tão pequena, moral e intelectualmente”, que governa a
Europa, como bem lhe chamava há dias Viriato Soromenho Marques), todo este processo
foi conduzido com má fé, coação moral e um repugnante espírito de vingança (contra
a “ousadia” da democracia). Estou enojado.
Do “acordo” prefiro nem falar.
Só temos a temer pelo futuro da
Europa.
(*) Fonte: jornal The Guardian
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