Novos horários na linha de Cascais: serviço piora ainda mais

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No próximo domingo, 18 de Janeiro de 2015, vão entrar em vigor novos horários na Linha de Cascais. Depois de em Setembro de 2011 a oferta ter sido reduzida e piorada (ver aqui), a CP prepara-se agora para piorar ainda mais o serviço prestado. Vai haver mexidas - todas para pior - em quase metade das ligações diárias. Cerca de 20% das ligações vão ser suprimidas e 20% vão ficar mais lentas.

Depois da supressão, em 2011, de todos os comboios semirrápidos da família “S. Pedro”, agora vão ser suprimidos 48 dos 112 comboios (44% das ligações) da “família Oeiras” (comboios que circulam entre Lisboa e Oeiras). No sentido Lisboa-Oeiras, são eliminadas 24 ligações (todas as que existem atualmente entre as 10h e as 17h e ainda as ligações das 20:14h, das 20:26h e das 20:38h). No sentido Oeiras-Lisboa, desaparecem também 24 ligações (todas as que existem entre as 10:22h e as 17:02h e ainda as ligações das 20:34h, das 20:46h e das 20:58h). Entre as 10h e as 17h, em cada cinco comboios da Linha de Cascais, três deixam de circular.

No sentido Lisboa-Cascais, é ainda eliminado um comboio da “família Cascais” (entre Lisboa e Cascais).

Entre as 20:14h e as 20:38h, a uma hora em que ainda há muita gente a sair do trabalho, a atual oferta de comboios que partem do Cais do Sodré (Lisboa) é reduzida de cinco para um (!) e desaparecem todos os comboios rápidos.

Além da eliminação de 49 ligações diárias, outras 47 vão ficar mais lentas. Os passageiros deixam de ter ligações rápidas no período entre as 10h e as 17h (além de desaparecerem cinco ligações rápidas entre as 20h e as 21h). Entre Cascais e Cais do Sodré, a duração das viagens passa de 33 minutos para 40 minutos.   

Nesse período, o tempo de espera por um comboio no Cais do Sodré aumenta de 10 para 20 minutos: o dobro.

Na região de Lisboa, saturada de automóveis, deveria estar a promover-se a mobilidade sustentável e, nomeadamente, a utilização do transporte público. Mas continuamos inacreditavelmente a caminhar no sentido inverso, desincentivando as pessoas de utilizar o transporte público, através de piorias sucessivas na qualidade do serviço. Muito mau.
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(Há alguns meses foi noticiado que a concessão da exploração da Linha de Cascais a privados iria implicar um serviço mais caro e de pior qualidade. Aqui estão os primeiros sinais…)

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