Em média, três polícias são diariamente agredidos em
Portugal, um número «bem mais elevado do que o de outros países europeus com
idênticos rácios polícia/habitante» - segundo o que foi possível ler no jornal
Público de anteontem.
SPACE
Diz o Presidente da Assembleia Geral da Associação dos
Profissionais da Guarda que «os agentes perdem o respeito das populações porque
eles próprios são desrespeitados pelas respetivas hierarquias, que não cumprem
com o que está estatutária e legalmente estabelecido».
SPACE
Sem querer transformar a vítima em culpado (longe disso:
estes crimes são graves e injustificáveis), é pena que a polícia continue a desvalorizar
outras causas da referida «perda de respeito», porventura bem mais importantes
do que a indicada. Pela polícia portuguesa grassa hoje muita incompetência
(certamente também consequência de uma formação muito deficiente, mas esta está
muito longe de explicar tudo) e todos os dias, sem exceção, podemos ver
polícias a promover – por inexplicável omissão ou por deficiente atuação – a impunidade
que reina crescentemente neste país. A confiança na impunidade está hoje muito
disseminada - e há quem se julgue no direito de gozar da mesma impunidade
quando, em infração, é abordado por um polícia. A polícia transforma-se
facilmente em parte fraca na sua relação com os cidadãos. Daí até ao conflito é
um pequeno passo.
SPACE
Sem comentários:
Enviar um comentário