A renovação extraordinária de
contratos a prazo, que se avizinha mais uma vez, não faz o mais pequeno sentido,
atentos os motivos que estão na base da celebração de um contrato a termo certo:
é pura proteção da fraude / promoção do trabalho precário. O "brilhante" argumento do Ministro do Emprego, Pedro Mota Soares, de que mais vale isto do que uma situação de desemprego
(argumento que, na prática, nem
faz sentido no caso dos contratos a termo)
pode servir para tudo: pode
servir para aumentar o horário de trabalho em 4 ou 5 horas por dia (mais vale
trabalhar 12 horas por dia do que o desemprego), pode servir para cortar em 50%
o ordenado mensal (mais vale receber 50% do que estar desempregado e não
receber nada), pode servir para acabar com o descanso ao sábado e domingo (mais
vale ter trabalho sem dias de descanso do que o desemprego), pode servir para
acabar com o direito às férias (mais vale trabalhar sem direito a férias do que
estar no desemprego), e assim por diante. É, de facto, um argumento fantástico.
Podemos continuar a esperar o pior.
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