26.4.16

E onde é que o pai muda a fralda do bebé?



Acharíamos estranho se víssemos esta sinalética de casa-de-banho.

No entanto, achamos esta normalíssima:  


Encontrar uma casa-de-banho com muda-fraldas não é fácil, mas lá se vai encontrando. Encontrar uma casa-de-banho de homens com muda-fraldas é praticamente impossível. Mesmo nos novos estabelecimentos que vão abrindo neste século XXI. Em quase todos os casos em que não há uma divisão autónoma de muda-fraldas, só a casa-de-banho das mulheres é que dispõe de um muda-fraldas. Seja num hospital, num restaurante, num centro comercial, num parque… e até em clínicas de pediatria.

A regra é a maior parte da licença parental ser usada pela mãe. Mas esta licença dura, na generalidade dos casos, apenas quatro meses. Os bebés usam fralda durante muito mais tempo, e em muitos casos até depois dos três anos. Será até muito mais frequente haver bebés fora de casa quando são mais velhos, do que nos primeiros meses de idade.

O pai é discriminado. Não é preciso recorrer a casos extremos de mulheres que morreram no parto (ou depois) e é (apenas) o pai que cria a criança. Ou a casos em que, por qualquer outro motivo, é o pai que tem a guarda da criança. Simplesmente, o pai pode sair de casa só com o bebé!

Mas há também uma discriminação da mulher. Se estiverem pai e mãe e for preciso mudar a fralda ao bebé, por que razão se parte do princípio de que é a mãe a mudar a fralda?

Ainda se acha muito que cuidar de um bebé é tarefa exclusiva da mãe. E vai-se alimentando esta ideia. Esta questão do muda-fraldas não passa de um exemplo.

Entretanto, resta-nos reclamar, de preferência por escrito (não necessariamente no livro de reclamações, uma mensagem de correio eletrónico serve), de cada vez que nos depararmos com uma situação destas.
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