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Desmantelamento de uma linha de
elétrico no centro de Lisboa, 2013. A cidade já teve cerca de trinta linhas de elétrico,
numa extensão total de mais de 150 quilómetros, e centenas de veículos afetos à
circulação deste transporte público. Hoje, restam apenas seis linhas (uma
delas, a do Carmo, com circulação suspensa há 19 anos) e a esmagadora maioria
dos veículos foi vendida: há elétricos lisboetas a circular noutros países, como
Espanha, Reino Unido, EUA, Holanda, Argentina e Japão. Lisboa foi-se desfazendo
do elétrico pelas piores razões: a secundarização do transporte público, em favor do automóvel, e, em particular, por ser considerado um empecilho para a
circulação automóvel na cidade. Noutros países da Europa, é um transporte
público urbano em que se está a apostar. Para citar três - e apenas três - países da
Europa (Espanha, França e Itália), nas últimas duas décadas foram inauguradas redes
de elétrico em cidades como Bilbau (2002), Barcelona (2004), Madrid (2007), Valência
(1994), Vitoria-Gasteiz (2008), Zaragoza (2011), Sevilha (2007), Málaga (2014),
Murcia (2007), Alicante (2003), Tenerife (2007), Bordéus (2003), Toulouse
(2010), Lyon (2000), Paris (1992), Nice (2007), Estrasburgo (1994), Montpellier
(2000), Besançon (2014), Reims (2011), Tours (2013), Orléans (2000), Le Mans
(2007), Angers (2011), Aubagne (2014), Mulhouse (2006), Rouen (1994),
Valenciennes (2006), Le Havre (2012), Brest (2012), Dijon (2012), Florença
(2010), Bergamo (2009), Mestre (2010), Pádova (2007), Cagliari (2008), Bergamo
(2009), Sassari (2006) e Messina (2003), isto sem falar nas cidades que já tinham
rede de elétrico e que têm vindo a expandir este meio de transporte público pouco
poluente, pouco ruidoso, mais sustentável e mais amigo das cidades. Lisboa continua
a ser uma cidade tristemente dominada pelo automóvel e permanece indiferente a
esta evolução.
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