23.4.14

Tiros no Carmo

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© 2013 Jorge F
Livro baleado no Quartel do Carmo (Comando-Geral da GNR), Lisboa
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Cerca das 5 da manhã do dia 25 de Abril de 1974, pouco mais de meia hora depois de difundido pela rádio o primeiro comunicado do MFA, o diretor da PIDE / DGS - a polícia política do regime - telefonou ao chefe do Governo, alertando-o de que a revolução estava «na rua» e aconselhando-o a dirigir-se para o Quartel do Carmo, pois a GNR estava «fixe». O ditador chegou ao Carmo pelas cinco e meia da madrugada e instalou-se numa sala do Comando-Geral da GNR, que se mantinha fiel ao regime. Alguns ministros juntaram-se-lhe mais tarde. Pouco depois do meio-dia, as forças revoltosas comandadas por Salgueiro Maia cercaram o quartel. Cerca das três da tarde, Salgueiro Maia dirigiu um ultimato de 10 minutos às forças sitiadas, no sentido da sua rendição. Findos os 1o minutos, ordenou que se fizesse fogo sobre o quartel (depois de feito um pré-aviso). Um cadeirão e alguns livros foram perfurados pelas balas das rajadas de metralhadora G3 então disparadas. Essas marcas históricas foram preservadas e 40 anos depois ainda se encontram no interior do Quartel do Carmo.     
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(Excecionalmente, o Quartel do Carmo estará aberto ao público a partir de hoje, até 11 de Maio, podendo ser visitado todos os dias entre as 10h e as 18h)

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