30.10.13

O encerramento de parte da Linha do Vouga

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Foi hoje decidido o encerramento do troço da Linha do Vouga entre Oliveira de Azeméis e Sernada, depois de, nos últimos dias, a velocidade máxima ter sido limitada a 10 km/h (!), por razões de segurança, em consequência da degradação da linha férrea. O encerramento foi anunciado como “temporário”, mas é provável que a linha não volte a abrir, sendo conhecido o triste historial de encerramentos pretensamente “temporários” que se tornaram definitivos (nesse caso, é elevado o risco de ficar também comprometido o troço entre Oliveira de Azeméis e Espinho, que fica sem ligação ao resto da rede e sem acesso às oficinas de manutenção da CP). Também em consequência da degradação da linha, a velocidade máxima encontra-se reduzida a 20 km/h no troço entre Sernada e Águeda.
Os orçamentos anuais da empresa gestora da rede ferroviária (para manutenção e investimento) têm atingido níveis absurdamente baixos, com reflexo nos padrões de qualidade de serviço. Tal como noticiou o Público na semana passada (notícia “Falta de investimento está a degradar a rede ferroviária portuguesa”), linhas como as de Cascais, de Sintra, da Beira Alta, do Douro e de Alfarelos e até alguns troços da Linha do Norte carecem de investimento para que sejam, pelo menos, mantidos os padrões de qualidade de serviço (e isto sem contar com linhas como as do Oeste, do Minho ou do Algarve, há muitos anos carecidas de investimento). Os governantes continuam a dar cabo da ferrovia portuguesa.
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