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Hoje à noite, em Penamacor, se o tempo deixar, é
dia de se acender o grande madeiro (diz-se que o maior do país), que se
encontra no adro da igreja da vila desde o dia 8, quando a lenha foi
para aí transportada num cortejo. Tradicionalmente, na noite da consoada, depois
da ceia de Natal, a população reúne-se junto do madeiro – a fogueira “para
aquecer o menino Jesus” –, que permanecerá aceso até ao dia de Reis. A tradição
repete-se todos os anos, e a organização do madeiro cabe aos jovens
nascidos 20 anos antes: este ano, o madeiro foi organizado pela “malta de 93” (ver fotografia acima),
ou seja, os nascidos em 1993. No concelho mais envelhecido do país, há cada vez
menos jovens para cumprir esta tradição: este ano foram 15, e, por vezes, a
maior parte dos jovens organizadores já nem sequer vive em Penamacor.
(António José Seguro, natural de
Penamacor, publicou ontem no You Tube um pequeno vídeo de quatro minutos sobre
o madeiro de Penamacor. O vídeo pode ser visto aqui.)
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Gostava de saber de onde vêm tantos sobreiros... São arrancados de onde e em que condições? O abata das árvores é legal? Não estará toda a gente a perder a cabeça com esta ... hum... celebração? O sacrifício de tantas árvores é necessário e justificável? Em tempo de sérias preocupações acerca das alterações climáticas isto será materialmente e eticamente defensável? Tenho dúvidas acerca da celebração da árvore e da floresta com o sacrifício de tantos sobreiros. Se não podem descansar sem queimar qualquer coisa, não poderiam queimar eucaliptos? Alguém me explica?
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